quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

25 DE JANEIRO – ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO

Imagem: www.sp-turismo.com

25 de Janeiro - Fundação da cidade de São Paulo, no Brasil, por José de Anchieta e Manoel da Nóbrega.
Situada a uma altitude de 860 metros, no planalto de Piratininga, sudeste do Brasil, a cidade de São Paulo é a capital do estado do mesmo nome, o mais populoso do país. A cidade ocupa hoje uma área de 1.525 km2. Ela surgiu de um núcleo que se formou em torno da inauguração do Colégio da Companhia de Jesus, por um grupo de jesuítas, no ano de 1554.
Muita coisa mudou desde que SÃO PAULO era um pequeno amontoado de casas feitas de taipa de pilão, de onde partiam os bandeirantes rumo a Minas Gerais, em busca do ouro, e onde os jesuítas encontraram um clima fresco semelhante ao europeu e fundaram o Real Collegio.
O pequeno amontoado de casas é hoje uma metrópole de 10,4 milhões de habitantes, uma das mais populosas do mundo. O clima fresco de 451 anos atrás hoje está bem mais quente, graças ao concreto, aos automóveis e à escassa arborização.
Até a famosa garoa, que consagrou a cidade, está se tornando coisa do passado. A cidade assistiu a uma transição da chuva fraca e contínua para aquelas intensas e rápidas, que provocam as já também famosas enchentes.
São Paulo demorou para se desenvolver. Até 1876 a população local era de 30 mil habitantes. Com a expansão da economia, graças especialmente ao café, em menos de 20 anos este número pulou para 130 mil. Mesmo pequena, a cidade pensava grande.
O Viaduto do Chá foi inaugurado em 1892 e, em 1901, foi aberta a Avenida Paulista, a primeira via planejada da capital. A via, que viria a se tornar endereço dos barões do café, não tinha nenhuma casa na época, mas o engenheiro responsável pela obra, Joaquim Eugênio de Lima, profetizava que ela seria a via que conduzirá SÃO PAULO ao seu grande destino .
Avenida Paulista em 1902 / Foto: Google Imagens
Avenida Paulista / Foto: Google Imagens
Outras grandes obras, como a Estação da Luz e o Theatro Municipal, comemoraram a entrada no século XX e marcaram uma nova fase na vida da cidade. SÃO PAULO se industrializava e, para atender à demanda, imigrantes de diversos países da Europa e do Japão adotaram uma nova pátria, fugindo das guerras.
Estação da Luz em 1920 / Foto: www.abpfsp.com.br
Estação da Luz / Foto: Google Imagens
Inauguração do Teatro Municipal em 1911 / Foto: Google Imagens
Teatro Municipal / Foto: Google Imagens
Entre os anos de 1870 e 1939, 2,4 milhões de imigrantes entraram no estado de São Paulo, segundo dados do Memorial do Imigrante.
Memorial do Imigrante / Foto: Google Imagens
Italianos, japoneses, espanhóis, libaneses, alemães, judeus. Dezenas de nacionalidades estabeleceram comunidades em SÃO PAULO e contribuíram para que a cidade se tornasse um rico centro cultural e um exemplo de como povos com histórico de guerras e disputas podem viver em paz.
Isso sem falar dos migrantes, que ainda hoje saem de seus estados e municípios em busca da terra da prosperidade e do trabalho, onde todos vivem com pressa. Como diz a música Amanhecendo , de Billy Blanco: Todos parecem correr/ Não correm de/ Correm para/ Para SÃO PAULO crescer .

SÃO PAULO É GRANDE PORQUE TEM... -

...O Museu de Arte de SÃO PAULO (Masp), o mais importante museu de arte ocidental da América Latina;
MASP / Foto: Google Imagens
...O Instituto Butantan, que abriga uma das maiores coleções de serpentes do mundo, além de ser o mais moderno centro de produção de vacinas e soros da América Latina;
Instituto Butantan / Foto: Google Imagens
...A SÃO PAULO Fashion Week, principal semana de moda da América Latina e uma das mais importantes do mundo;
...A Universidade de SÃO PAULO (USP), terceira maior instituição da América Latina e colocada entre as cem mais conceituadas no mundo;
Universidade de São Paulo / Foto: Google Imagens
...A Bovespa, maior centro de negociação de ações da América Latina;
...A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), sexta do mundo em volume de negócios, com lances médios diários de US$1,8 bilhão;
...O Hospital das Clínicas (HC), maior complexo hospitalar da América Latina;
Hospital das Clínicas / Foto: Google Imagens
...75% dos eventos realizados no País;
...Uma frota de quase 5 milhões de automóveis, o correspondente a ¼ do total do País;
12,5 mil restaurantes e 15 mil bares de dezenas de especialidades, o que lhe rendeu a fama de capital gastronômica do mundo.
...Mais de 1/3 do PIB (Produto Interno Bruto) do País.


ALGUNS PONTOS TURÍSTICOS -



SOBRE A CIDADE DE SÃO PAULO –

Área da unidade territorial: 1.525 km2
Latitude do distrito sede do município: -23,5475° 
Longitude do distrito sede do município: -46,63611° 
Altitude: 760 m
Prefeito 2009/12: Gilberto Kassab - DEM 25
População de SÃO PAULO
(*) Estimativa Populacional 
IBGE-2009: 11.037.593 hab.
Fundo de Participação dos Municípios
FPM-2009: R$ 97.977.578,32
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais da Educação
FUNDEB-2009: R$ 1.953.297.471,38
Estimativa Populacional IBGE-2008: 10.990.249 hab. 
Fundo Part. Municípios FPM-2008:R$ 105.039.458,50 
Participação FUNDEB-2008: R$ 1.448.585.706,66

PROGRAMAÇÃO PARA O ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO –

No aniversário de São Paulo, haverá comemorações em todos os cantos da cidade. Exposições, shows e outras manifestações culturais tipicamente paulistanas, e ainda uma maratona, estão recheando a programação desse ano.
A cidade que nunca para vai agitar mais ainda no dia 25, com diversas opções para a data.


Para saber mais -
sndu.prefeitura.sp.gov.br
www.sp-turismo.com
www.nossosaopaulo.com.br
www.cidadedesaopaulo.com
www.saopaulo.sp.gov.br
www.brasilworldbrazil.blogspot.com
blogthunder5.blogspot.com
fuscaclassic.blogspot.com

OBS: no decorrer do ano, falarei mais detalhadamente sobre os pontos turísticos de São Paulo.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

20 de janeiro - Dia Nacional do Fusca

História -


A história do Fusca é uma das mais complexas e longas da história do automóvel. Diferente da maioria dos outros carros, o projeto do Fusca envolveu várias empresas e até mesmo o governo de seu país, e levaria à fundação de uma fábrica inteira de automóveis no processo.
O projeto do Fusca foi um pedido de Adolf Hitler ao projetista Ferdinand Porsche, ainda antes da guerra. O ditador alemão queria um carro que fosse prático, de fácil manutenção e que durasse bastante. Hitler tinha pronto uma lista de exigências a serem cumpridas por Porsche, caso o contrato fosse efetivamente firmado:
- O carro deveria carregar dois adultos e três crianças (uma família alemã da época, e
Hitler “não queria separar as crianças de seus pais”).
            - Deveria alcançar e manter a velocidade média de 100 km/h.
        - O consumo de combustível, mesmo com a exigência acima, não deveria passar de 13km/litro     (devido à pouca disponibilidade de combustível).
         - O motor que executasse estas tarefas deveria ser refrigerado a ar, (pois muitos alemães não possuíam garagens com aquecimento), se possível a diesel e na dianteira.
          - O carro deveria ser capaz de carregar três soldados e uma metralhadora.
         - O preço deveria ser menor do que mil marcos imperiais (o preço de uma boa motocicleta na época).


(Zündapp Type 12 de 1931)

(NSU Type 32 de 1933)

(Protótipo VW-3 1935/1936 - três unidades construídas)

(Protótipo VW-30 1937 - trinta unidades construídas)

Em 1935, o carro é lançado oficialmente com o nome de “Volkswagen”, que em alemão significa "carro do povo". Equipado com motor refrigerado a ar, sistema elétrico de seis volts e câmbio seco de quatro marchas, o Fusca foi uma revolução para uma época em que os automóveis não tinham mais do que três marchas.





No Brasil -


O primeiro Volkswagen brasileiro foi lançado em 1949, obedecendo, com poucas modificações, ao projeto de Ferdinand Porsche, lançado na Alemanha vinte anos antes.

(Fusca ano 1949)
A partir de 1950, o Fusca começou a ser vendido no Brasil. Chegando pelo porto de Santos, as trinta primeiras unidades foram logo vendidas (a família Matarazzo foi uma das primeiras a comprar). O carro vinha desmontado da Alemanha (ou em kits "CKD", "Completely Knocked Down"), e curiosamente não era montado pela Volkswagen, que ainda não havia se instalado no Brasil. A empresa responsável pela montagem era a Brasmotor (mesmo grupo dono da Brastemp, por exemplo). O modelo importado era o conhecido "Split Window", com vidro traseiro dividido em dois, modelo Export (havia o Standard, mais simples, nunca trazido para o Brasil).
Em 1953 o Fusca deixou de ser montado pela Brasmotor e a Volkswagen assumiu a montagem do carro no Brasil, com peças vindas da Alemanha. O modelo produzido já era o que tinha janela traseira única, oval. 
(Fusca ano 1953)
(Fusca ano 1955)
Em 1959 o Fusca passou a ser oficialmente produzido no país, embora parte das suas peças ainda fosse importada. A janela traseira aumentou de tamanho e passou a ser retangular neste modelo.

Em 1960 a fábrica alterou o volante. As maçanetas externas ganharam botão de acionamento e o estribo ganhou revestimento na cor do carro. (versão monocromática)
Em 1961 o carro passou a ter: caixa de marchas sincronizada, para resolver o problema das "arranhadas"; ganhou nova lanterna traseira de formato oval (versão que durou nos modelos standard até 1983) e o painel ganhou uma alça de segurança para o passageiro.
(Fusca ano 1961)
Em 1962 o Fusca passou a ter chassi nacional, faróis com luzes assimétricas, gancho cabide e reservatório de fluido de freio de plástico. Em 1963 ganhou novo descanso de braço, lavador de para-brisas pneumático e janelas traseiras basculantes, além de amortecedor de direção. Em 1964 passou a vir com novo tanque de combustível.
(Fusca ano 1963)
1965 foi o ano do lançamento do Fusca com teto-solar, que ficou conhecido como "Cornowagen". Logo o acessório foi rejeitado e muitos proprietários, incomodados com o apelido (segundo rumores dado ao carro por um executivo da Ford), mandaram fechar o teto. Houve também mudanças nas lanternas que passaram a ser modelo "sorriso curto" e na luz de placa ficando mais larga.
Em 1966 houve mudanças na caixa de marcha e no distribuidor. Nesse ano, a Volkswagen assumiu o controle da Vemag, encerrando no ano seguinte as suas atividades.
Em 1967, a Volkswagen adotou um motor de 1.300 cc e 46cv no lugar do antigo 1200, de 36cv. Nas propagandas, apareciam os carros com uma cauda de tigre saindo da traseira em alusão a maior potência. O vidro traseiro ficou 20% maior e o acionamento da seta foi para a coluna de direção. Foi também o fim do sistema elétrico de 6 volts para a chegada do de 12V.
Vale notar que foi durante esta época que o Fusca sedimentou a Volkswagen no mercado nacional, permitindo o lançamento de vários derivados no mercado nacional, tais como o Vw 1600, o TL, a Variant, o Karmann Ghia TC, o SP2, a Variant II, o Brasília e o Gol.
(Fusca ano 1968)
Em 1969, novos bancos e espelhos retrovisores foram adicionados à linha. Em retrospecto, embora muitos falem que o Fusca de 1954 a 1969 só tenha mudado o vigia traseiro e o para-brisa, neste período foram feitas mais de 2.500 mudanças no motor e em outras partes do automóvel.
(Fusca ano 1969)
Em 1970 o Fusca 1300 teve duas versões, uma igual ao do ano anterior e outra que chegou no meio do ano, com alterações nos pará-choques (lâmina simples). Chegou também uma versão com o novo motor 1500 de 52cv. Ocorreram mudanças na tampa do motor, tampa do porta-malas e para-choques.O Fusca 1500 durou de 1970 até 1975.
(Fusca ano 1971)
(Fusca ano 1972)

Em 1973 foi abandonado o modelo de farol de perfil abaulado, sendo adotado o farol de perfil reto, que durou até o fim da linha. As fendas de ventilação do capô traseiro deixaram de ser cinco de cada lado, e passaram a ser dois grupos com oito e seis fendas de cada lado do capô.
(Fusca ano 1973)
A partir de 1974 o carro passou a contar com uma entrada de ar no caput dianteiro, que chegava ao interior do carro através do painel e saía por aberturas atrás dos vidros laterais traseiros, as populares "orelhinhas". Muitos pensam que sua função é ventilar o interior do carro quando, na verdade, é o inverso. As janelas laterais traseiras passam a ser fixas. Também são apresentados novos faróis e distribuidor à vácuo.

Em 1975 foi introduzido o "Bizorrão" ou "Super-Fuscão": o Fusca 1600-S. Essa versão contava com carburação dupla, desenvolvendo 65 cv SAE, volante de direção esportiva de três raios, rodas aro 14 (idênticas às da Brasília), painel com conta-giros, marcador de temperatura, relógio e amperímetro. Também tinha uma cobertura plástica na cor preta sobre a tampa traseira, que lembrava as asas de um besouro.
Em 1976 é lançada a versão 1.300-L. O perfil entre o quebra-vento e o vidro dianteiro deixa de ser cromado.
Em 1977, o Fusca apareceu com mudanças estruturais, comando do limpador de para-brisas na chave de seta e barra de direção retrátil, que protege o motorista em caso de choque frontal. Também ocorreu uma mudança no bocal do tanque, que passou para a lateral direita do carro.
(Fusca ano 1977)
Em 1978 O interruptor do pisca-alerta foi transferido para a coluna de direção e foi adotada uma chave única para portas, capô do motor e ignição.
(Fusca ano 1978)
No meio de 1979, houve uma alteração nos modelos 1300 L e 1600, as lanternas traseiras (capela) se tornam maiores e passam a ser chamadas "Fafá", em alusão aos grandes seios da cantora Fafá de Belém. O modelo de lanterna menor continuou a ser utilizado nas versões 1300.
(Fusca ano 1979)
Em 1981 foi lançado o Fusca 1300 com motor a álcool.
(Fusca ano 1981)
Em 1982 chegou um painel com relógios retangulares e a nova versão 1300 GL com "luxos" como rádio AM/FM, acendedor de cigarros, apoios de cabeça dianteiros, desembaçador do vidro traseiro, janelas traseiras basculantes, protetor de borracha nos para-choques, aquecimento e novo logotipo 1300 em branco com o GL em vermelho.
Em 1983, a empresa resolveu rebatizar o modelo no Brasil, adotando finalmente o nome que se tornara popular, Fusca. Até então o automóvel era oficialmente denominado "VW Sedan" nos registros dos Detrans. A lanterna modelo Fafá passou a ser padrão para este modelo único, fabricado somente com o motor 1300.
Em 1984 o motor 1300 deixou de ser produzido. Agora passa a equipá-lo o novo motor 1600, mais moderno, e o carro passa a contar também com freios a disco na dianteira, mais eficientes.
Em 1986 a Volkswagen desistiu de fabricá-lo alegando que era um modelo muito obsoleto, apesar de ser ainda um dos doze carros mais vendidos daquela época. Um dos motivos era a necessidade de abrir espaço em linha de montagem da fábrica de São Bernardo do Campo para o Santana e para o VW Fox, a ser exportado para os EUA.
(Fusca ano 1986)
Em 1993, por sugestão do então presidente Itamar Franco a empresa voltou a fabricar o modelo. Itamar queria a fabricação de carros populares e sugeriu que o Brasil precisava de um carro como o Fusca. Foi aprovada então a Lei do carro popular, que previa isenções de impostos para os carros com motor 1.0 e também para os que tivessem com refrigeração a ar, sendo assim e o Fusca e a Kombi, embora tivessem motores de 1.6l, foram incluídos. 
(Fusca ano 1993)
O carro vendeu muito menos que da meta esperada pela Volkswagen. A principal razão para que o Fusca não vendesse tão bem se deve ao fato de seu acabamento espartano demais diante dos concorrentes surgidos em meados da década de 1990, como o Fiat Uno Mille e Chevrolet Corsa de primeira geração, que tinham preços muito próximos do velho Besouro, porém, com acabamento e espaço interno melhores que os do Fusca. Em 1996, a empresa deixou de produzir novamente o carro, com uma série especial denominada Série Ouro. A partir daí, ele só seria produzido no México. Nesse segundo período, foram produzidos no Brasil cerca de 47.000 exemplares.
Atualmente, o Fusca permanece como um dos carros usados mais vendidos no mercado nacional.

Curiosidades –