Foto:
http://papodehomem.com.br/como-transformar-um-radio-antigo-num-mini-amplificador-de-guitarra/
O dia
13 de fevereiro foi escolhido porque foi neste dia que a United Nations Radio
emitiu pela primeira vez, em 1946, um programa em simultâneo para um grupo de
seis países. A data foi declarada em 2011 pela UNESCO e o primeiro Dia Mundial do
Rádio foi celebrado em 2012.
O Rádio
é um veículo de comunicação, baseado na difusão de informações sonoras, por
meio de ondas eletromagnéticas, em diversas frequências. Ele pode ser
caracterizado como um meio essencialmente auditivo, formado pela combinação de
voz (locução) e música.
A
invenção do rádio é atribuída internacionalmente ao italiano Guglielmo Marconi
(1874-1937), que documentou experimentos nos anos 1890, não com transmissão de
voz, mas de sinais telegráficos em código Morse. Marconi também recebeu o
Prêmio Nobel de Física de 1909, junto com o alemão Karl Ferdinand Braun
(1850-1918), por suas pesquisas relacionadas à telegrafia sem fio. Diversas
experiências foram realizadas pelo italiano a partir de 1896. Em 1901, ele
aumentou seu prestígio ao fazer a primeira transmissão intercontinental, ao
captar na Terra Nova, no Canadá, sinais transmitidos da Cornualha, na
Inglaterra. Além de sua primeira patente, depositada no Reino Unido em 1896,
ele registrou outras 33 nos EUA, documentando os processos e dispositivos
empregados.
Guglielmo Marconi
Foto: Google imagens
Em
novembro de 1919, foi inaugurada uma emissora de rádio regular em Rotterdam. Em
1920, inaugurou-se a primeira radiodifusora comercial, em Pittsburgh, Estados
Unidos, com o prefixo KDKA.
O
transporte marítimo, que já vinha utilizando a radiorelegrafia desde o início
do século XX, passou a utilizar também a radiotelefonia, além disto, começaram
a surgir estações amadoras que transmitiam programas musicais. O interesse do
público pelos receptores aumentou.
No Brasil
–
O rádio é o segundo meio de comunicação
mais utilizado pela população brasileira (61% fazem isso); só perde para a TV que é vista regularmente por 97% dos
brasileiros (pesquisa do Ibope 2014).
No Brasil, as circunstâncias foram bem diferentes para
Roberto Landell de Moura (1861-1928), nascido em Porto Alegre, que estudou
Física, Química e Teologia em Roma e foi ordenado padre em 1886. Suas primeiras
transmissões de voz teriam ocorrido já em 1893, mas as referências disponíveis
sobre elas não são satisfatórias para fins documentais.
Padre Roberto Landell de
Moura
Foto:http://m.historiadomundo.uol.com.br//idade-contemporanea/landell-de-moura-o-inventor-do-radio.htm
Segundo relatos, no dia 3 de junho de 1900, esse padre
reuniu figuras da imprensa, políticos e outras personalidades para a
demonstração de seu invento em plena Avenida Paulista. Sem utilizar fios, o
padre conseguiu transmitir a vos humana e sinais telegráficos à incrível
distância de oito quilômetros.
Sendo morador de um país ainda essencialmente agrário,
Landell acabou não conseguindo a projeção e o patrocínio necessários para
fabricar comercialmente o seu invento. Desanimado com o resultado de seu
esforço intelectual, foi para os Estados Unidos a fim de patentear seus
inventos transmissores de informação e voz. Em outubro de 1902, o jornal
norte-americano “The New York Harald” falou de seus inventos e realizou uma
entrevista com o clérigo brasileiro.
Padre Roberto Landell de
Moura
Foto: acervo Hamilton Almeida
No dia
07 de setembro de 1922 foi feita a primeira transmissão de rádio no Brasil, com
o discurso do presidente Epitácio Pessoa. Isso se deu pela junção da
Westinghouse Eletric com a Companhia Telefônica Brasileira, mas a primeira
rádio foi inaugurada quase um ano depois, no dia 20 de abril de 1923, e o nome
escolhido foi “Rádio Sociedade do Rio de Janeiro”.
Sem TV, o rádio reinou soberano até um pouco depois da metade
do século passado, com as grandes orquestras, os programas musicais, as
coberturas esportivas e as notícias em tempo real. As ondas curtas traziam as
informações da guerra através de emissoras estrangeiras, as mesmas que durante
a ditadura (64-85) eram as únicas fontes de informação confiáveis sobre o que
ocorria em nosso país.
O subproduto dos engarrafamentos de trânsito, rotineiros nas
cidades brasileiras, é o aumento da audiência do rádio. Em busca de notícias, o
motorista quando as encontra é obrigado a ouvir também comentários sobre
variados assuntos, com destaque para aqueles frequentes nos quais o país é
sempre apresentado como se estivesse à beira do abismo.
Foto: Google imagens
Mas a importância do rádio num país como o nosso não fica por aí. Em época de tablets e facebooks, as velhas cartinhas escritas à mão ainda chegam, por exemplo, através do correio, aos estúdios da Rádio Nacional da Amazônia em Brasília. Solicitam músicas, mas também pedem que sejam dadas notícias sobre a chegada de parentes, remédios ou de outras encomendas pelos barcos que circulam na região.
A Radionovela “Em Busca da Felicidade” -
Foto: http://radializando-o-radio.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html
Era a
primeira autêntica história seriada radiofônica, que haveria de durar 2 anos e
que marcaria o dia 5 de junho de 1941; ficou na história do rádio brasileiro
como a data mais importante do rádio-teatro. Exatamente às dez e meia da manhã,
Aurélio Andrade anunciou ao microfone da Rádio Nacional do Rio de Janeiro:
Foto: http://radializando-o-radio.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html
"Senhoras
e Senhores, o famoso Creme Dental Colgate apresenta... o primeiro capítulo da
empolgante novela de Leandro Blanco, em adaptação de Gilberto Martins... EM
BUSCA DA FELICIDADE”.
Repórter Esso -
Repórter Esso foi um noticiário
histórico do rádio, transmitido em 14 países do continente americano por 59
estações de rádio e até na televisão. Foi o primeiro noticiário em
radiojornalismo do Brasil, comandado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro e
patrocinado pela empresa “Standart Oil Company of Brazil”. Os locutores que
fizeram o maior sucesso no programa foram Gontijo Teodoro, Luís Jatobá e Heron
Domingues.
Locutor Gontijo Teodoro
Foto: http://radializando-o-radio.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html
O Repórter Esso fez uma ampla
cobertura da Guerra da Coreia em 1950, enviando correspondentes para o campo de
batalha. Além das guerras, o programa dava ênfase às notícias de autoridades,
estrelas e astros de cinema e feitos científicos norte-americanos, mostrando
grande influência vinda do país.
Com exclusividade, noticiou o
suicídio de Getúlio Vargas em 1954 pelo fato de a empresa patrocinadora ter
amplo trânsito no Palácio do Catete.
Atualmente, há inúmeras
emissoras de rádio com seus diversos programas. Este meio de comunicação social
adaptou-se à era digital e continua a ser um meio fiável para a população, que
recebe a informação na hora, sendo esta uma das características mais positivas
da rádio.
Referências
–
http://cartamaior.com.br/?/Coluna/O-radio-uma-forca-esquecida/30768
http://m.historiadomundo.uol.com.br//idade-contemporanea/landell-de-moura-o-inventor-do-radio.htm
http://www.unesp.br/aci/revista/ed14/ponto-critico
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=8&ved=0ahUKEwjGkrjS3uvKAhXCUZAKHUlqBj4QFghOMAc&url=http%3A%2F%2Fwww.locutor.info%2Fbiblioteca%2Fprimeiros_passos_do_radio.doc&usg=AFQjCNE_JyPhB2MHfbViWzTbCCE-NNxlVQ&sig2=f8uTMNTGwX_O7V8pRQHYbQ
http://radializando-o-radio.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html
http://www.calendarr.com/portugal/dia-mundial-da-radio/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radiodifus%C3%A3o
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