São Roque é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias
turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba
maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o
município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo
qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas
referências estaduais.
HISTÓRIA –
Fundada na segunda metade do século XVII pelo bandeirante Pedro Vaz de
Barros - mais conhecido como Vaz-Guaçu -
a cidade surgiu de uma enorme fazenda e uma capela por ele erigida no local. A
capela - então erigida onde hoje é a Praça da Matriz - foi levantada em devoção
a São Roque. A fazenda tinha por objeto o cultivo de vinhedos e de trigais,
utilizando-se mão-de-obra indigena forcada e mais tarde, de escravizados
negros.
A
capela original a São Roque, bem como as igrejas barrocas que a sucederam no
Largo da Matriz foram derrubadas e sucessivamente "modernizadas",
assim como todo o entorno paisagístico do Largo da Matriz.
Praça da Matriz - São Roque - 1930 -
domínio público / Foto: http://andiamomemoriaitalianaemsr.blogspot.com.br
Antes
de ter sido elevado à condição de vila em 1832, o povoado foi declarado
freguesia de Santana de Parnaíba, no ano de 1764.Em 1864, é
elevado à categoria de município. Entre 1872 e 1875, é inaugurada a Santa Casa
de Misericórdia e a estação da Estrada de Ferro Sorocabana. No final do século XIX, tem sua economia impulsionada pela
chegada de imigrantes italianos.
A
partir de 1880 que ressurgiu em São Roque a segunda fase da vitivinicultura,
graças à iniciativa, quase simultânea, de três pioneiros: o lavrador José
Casali, o engenheiro da Estrada de Ferro Sorocabana Dr. Eusébio Stevaux,
francês de origem, e o sanroquense Antonio dos Santos Sobrinho, o Santinhos,
como era conhecido.
TURISMO –
São
Roque abriga a "Casa e a Capela do Sítio Santo Antonio", um bem cultural
de relevância nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional IPHAN no ano de 1941. A casa-grande foi edificada no século XVII, no ano de
1681, pelo bandeirante Fernão Paes de Barros. Trata-se de conjunto
arquitetônico de natureza singular, formado por uma casa-grande e uma capela
feitas em taipas de pilão, sendo a mais antiga da região. Um dos primeiros a
reconhecer seu valor arquitetônico e histórico foi o escritor modernista Mário de
Andrade- cuja família doou o imóvel ao Patrimônio Histórico Nacional
após sua morte, conforme desejo do escritor.
Foto: http://terstilo.com.br
Digna
de ser visitada é a reserva ecológica conhecida localmente como "Mata da
Câmara", um parque municipal no qual se pode admirar a vegetação natural
da Mata Atlântica, com suas típicas orquídeas, bromélias, etc. A área faz parte
do chamado "cinturão verde da Mata Atlântica", reconhecido como
patrimônio natural da humanidade pela UNESCO.
A
cidade é, ao lado de Jundiaí, uma das poucas do estado de São Paulo que
produzem vinho, pelo que é também
conhecida. As vinícolas sanroquenses (VINHOS DE SÃO ROQUE), contudo, não produzem a
própria uva. Situadas próximas à zona urbana, distribuídas a partir do km 60 da Rodovia Raposo Tavares e pela Estrada do Vinho, elas costumam
receber turistas aos fins-de-semana.
Curioso
é que a cidade, apesar de estar situada entre os Trópicos de Câncer e o de
Capricórnio, disponha de uma "estação de esqui". Trata-se de uma
pista artificial - feita de plástico - situada em um parque privado.
Para saber mais –
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