Goiânia é um município brasileiro, capital do estado de Goiás.
Pertence à Mesorregião do Centro Goiano e à Microrregião de Goiânia, distando 209 km de Brasília, a capital
nacional. Com uma área de aproximadamente 739km², possui uma geografia
contínua, com poucos morros e baixadas, tendo terras planas na maior parte de
seu território, com destaque para o rio Meia Ponte.
Rio Meia
Ponte - Foto: http://www.geolocation.ws/v/P/28873442/rio-meia-ponte-na-regio-metropolitana-em/en
Localizada
no centro do seu estado, foi planejada e construída para ser a capital política
e administrativa de Goiás sob influência da Marcha para o
Oeste, política desenvolvida pelo governo Vargas para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste brasileiro. Sofreu um acelerado crescimento
populacional desde a década de 1960, atingindo um milhão de habitantes cerca de
sessenta anos depois de sua fundação. Desde seu início, a sua arquitetura teve
influência do Art Déco,
que definiu a fisionomia dos primeiros prédios da cidade.
É
a segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste, sendo superada apenas por Brasília. Situa-se no Planalto
Central e é um importante pólo econômico da região, sendo
considerada
um centro estratégico para áreas como indústria, medicina, moda e agricultura.
Contudo, tem enfrentado desafios, entre eles a desigualdade social, crescentes
problemas de trânsito, índices de criminalidade elevados e o clima seco, resultado
da poluição e por se localizar no cerrado brasileiro.
Entretanto, Goiânia destaca-se entre as capitais brasileiras por possuir o
maior índice de área verde por habitante do Brasil, ultrapassada apenas por Edmonton em todo o mundo.
De
acordo com uma estimativa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011, sua população é de 1 318 148 habitantes e é
a sexta maior cidade do Brasil em tamanho, com 256,8 quilômetros quadrados de área urbana,
sendo o décimo segundo município mais
populoso do Brasil. A Região Metropolitana de Goiânia possui 2 206 134 habitantes, o que a torna a décima região metropolitana mais
populosa do país.
História –
Índio
Xavante - Foto: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/xavante/print
A
colonização de origem europeia de Goiânia teve origem em 1735, com as primeiras
propostas de mudança da capital da capitania de
Goiás. O então governante da província, Marcos José de Noronha e Brito, ambicionava transferir a sede
administrativa da capitania de Vila Boa para Meia Ponte. Em 1830, Miguel Lino de Morais, segundo governante da província de
Goiás durante o Império do
Brasil, propôs que a capital fosse transferida para a região onde
hoje se localiza o estado do Tocantins,
próximo ao município de Niquelândia. Segundo ele,
"a mudança da Capital para uma região mais povoada e de comércio mais
fraco, é uma medida a ser tomada com urgência". Àquela altura, Vila Boa
sofria com a estagnação econômica provocada pelo fim do ciclo do ouro na
região, sendo incomum a construção de mais do que uma casa por ano na cidade.
Em
1863, José Vieira Couto de Magalhães, também governante da província
de Goiás, retoma a proposta em seu livro Primeira Viagem ao Rio Araguaia, onde descreveu a situação decadente de Vila Boa:
"temos decaído desde que a indústria do ouro desapareceu (...) continuar a
capital aqui é condenar-nos a morrer de inanição, assim como morreu a indústria
que indicou a escolha deste lugar". Os debates sobre a necessidade de
transferir a capital de Vila Boa prosseguiram até a Proclamação da República. A primeira
Constituição do Estado de Goiás, promulgada em 1° de junho de 1891, previa a
transferência da sede do governo em seu artigo 5°. Tal artigo foi mantido nas
constituições seguintes, de 1898 e 1918.
Antes
de ser inaugurado, o município de Goiânia era referido nos documentos oficiais
como "futura capital", "nova capital" ou simplesmente
"nova cidade", o que significa que o município permaneceu, no âmbito
legal, inominado por dois anos. Em 2 de agosto de 1935, por força do disposto
no artigo 1° do decreto estadual número 327, deu-se a denominação de Goiânia à
nova capital.
Atrações turísticas e eventos –
O
grande acervo arquitetônico encontrado na cidade, os parques, a boa gastronomia
faz com que Goiânia tenha seu destaque no turismo, principalmente os de negócios,
ao qual a cidade é referência no país, principalmente por conta do baixo custo
de vida, da boa localização no Brasil e a boa infraestrutura urbana. A rede
hoteleira ainda deixa a desejar, contudo tem sofrido um crescimento.
Gastronomia:
Arroz com Pequi – Foto: http://casualchefe.blogspot.com.br/2010/06/goias-turismo-informa-gastronomia-atrai.html
Ao
contrário de várias cidades na maior parte do Brasil, Goiânia não possui uma
tradição carnavalesca e quando chega o carnaval a cidade fica vazia. A maior parte da população então, vai ao interior
de Goiás, como Caldas Novas, Jaraguá, entre outros
municípios. Dois motivos podem explicar a nula comemoração do carnaval em
Goiânia: a diminuição do público apreciador de música popular e a maior procura
por festas no interior, diretamente relacionada a um maior poder aquisitivo da
classe média.
Uma
das principais atrações da capital goiana são as feiras. Espalhadas em
vários bairros, movimentam a cidade. A principal delas é a Hippie, a maior feira a céu aberto da América Latina.
Realizada nos domingos há mais de 40 anos, possui mais de seis mil expositores com vários tipos de produtos que
atraem pessoas do Brasil inteiro, principalmente das regiões Norte e Nordeste.
Já
a Feira da Lua,
criada em 1993, é voltada à população com um maior poder aquisitivo,
principalmente por se localizar no bairro Oeste, um dos mais nobres
de Goiânia. A média é de dez mil pessoas a cada sábado, dia em que a feira é
realizada.
Feriados –
Em
Goiânia, há quatro feriados municipais, que são: a Sexta-Feira Santa, que ocorre sempre em março ou abril; o Corpus Christi, que sempre é realizado na quinta-feira seguinte ao domingo
da Santíssima Trindade; o dia da padroeira de Goiânia, a Nossa Senhora Auxiliadora, comemorado em 24 de maio; e o aniversário da cidade, que
ocorre no dia 24 de outubro. De acordo com a lei federal nº 9.093 de 12 de
setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados religiosos,
já incluída a Sexta-Feira Santa.
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