Fonte: https://www.todamateria.com.br/dia-nacional-do-livro/
Livro (do latim liber)
é um objeto transportável, composto por páginas encadernadas, contendo texto
manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma publicação unitária (ou foi
concebido como tal) ou a parte principal de um trabalho literário, científico
ou outro, formando um volume. São classificados em duas grandes categorias, de
acordo com seu conteúdo: livros de leitura sequencial e obras de referência.
História –
A escrita surgiu na Antiguidade, sendo seus códigos feitos em
pedra ou argila. A mais antiga, oficialmente, é a história – ou o poema – de um
rei sumério chamado Gilgamesh.
A Epopeia de Gilgamesh
Fonte: http://mundodelivros.com/epopeia-de-gilgamesh/
A Epopeia de Gilgamesh foi descoberta em uma série de placas
de argila, em escrita cuneiforme – cavada no barro, ou seja, em forma de cunha
– que era típica da Suméria. A obra faz menções ao Dilúvio e ao Noé da Bíblia,
chamado Uta-Napishtim.
A obra foi encontrada nas ruínas da cidade de Nínive e
descreve as aventuras do rei e fundador da cidade de Uruk, Gilgamesh, a qual
ele governou por volta de 2700 a.C. A narrativa consta de doze cantos com
trezentos versos cada um, e foi traduzida no final do século XIX da nossa era.
O volumen foi o
primeiro suporte desenvolvido pelo homem para compilar sua escrita. Era
utilizado pelos egípcios (2700 a 2400 a.C.), feito de cilindro e papiro, que
era desenrolado para ser feita a leitura. Mais tarde, o papiro foi substituído
pelo pergaminho por ser um material mais resistente.
Uma seção original do Livro dos Mortos egípcio,
escrito em papiro.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro
Após o volumen, tem
lugar o códex/códice, contendo estrutura de páginas ao invés do formato de rolo
e impresso com tipos móveis (invenção de Gutenberg). Isto fez com que a
produção de livros mudasse completamente, uma vez que, com a nova técnica,
poderiam ser produzidos muito mais livros em pouco tempo e a um custo menor.
Uma antiga bíblia cristã feita em códex
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro
A produção editorial no Brasil –
A primeira obra a ser impressa foi "Marília de
Dirceu", escrita em Portugal, pelo poeta luso-brasileiro Tomás Antônio
Gonzaga. A impressão do terceiro volume da série aconteceu em 1812, nas
oficinas da Imprensa Régia, passando pela censura do imperador.
Imprensa Régia foi criada em 13 de maio de 1808, dia do aniversário
do príncipe regente D. João (1767-1826), no Rio de Janeiro. Segundo o documento
que estabelecia a Imprensa Régia, uma junta formada por três autoridades era
encarregada de “examinar os papéis e livros que se mandasse publicar e
fiscalizar que nada se imprimisse contra a religião, o governo e os bons
costumes”. A impressão fora das oficinas reais era proibida.
Marília de Dirceu – Tomás Antônio Gonzaga
Fonte: http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2012/10/voce-sabe-qual-foi-o-primeiro-livro-editado-no-brasil
Com a expansão que ocorria na cidade de São Paulo a partir de
1915, o escritor Monteiro Lobato montou a Companhia Editora Nacional. A editora
possuía equipamentos adequados à produção de livros, sendo o responsável pelos
primeiros investimentos nacionais na área livreira.
Na década de 1930, o livreiro José Olympio conquistou os mais
importantes autores brasileiros: escritores vão desde Manuel Bandeira, Raquel
de Queirós, Fernando Sabino, Orígenes Lessa, Ligia Fagundes Telles, Jorge
Amado, Érico Veríssimo, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos,
as ilustrações de Orlando Mattos, até escritos do presidente Getúlio Vargas, os
quais fizeram de sua livraria um ponto de encontro. A editora deu largada em
1931, ainda em São Paulo, com um livro de sucesso: "Conhece-te pela
Psicanálise", do americano Joseph Ralph, obra do gênero que hoje se
conhece como "autoajuda".
Livro X Internet –
Com a “invasão” da internet, pensava-se que os livros seriam
totalmente esquecidos nas prateleiras, dando lugar aos eReaders e PDFs. Mas não foi isso que aconteceu. Nota-se que uma
grande parte da população ainda utiliza livros em versões físicas para leitura.
Fonte:
https://www.tecmundo.com.br/literatura/109244-entenda-tecnologia-nao-conseguiu-matar-livros-fisicos-papel.htm
Apesar da facilidade de acesso dos smartphones, tablets,
computadores e dispositivos similares, um ponto importante na hora da leitura é
o conforto. Leitores mais assíduos preferem os livros de papel, pois as telas
de tablets e eReaders cansam os olhos
depois de um tempo de leitura, e a sensação
de ter um livro nas mãos faz uma diferença considerável para este público.
Alguns pontos fizeram estes dispositivos móveis sobreviverem,
como, por exemplo, o fato de que nem todos os títulos são encontrados em eBook (geralmente livros escritos em
inglês possuem maior disponibilidade nestas versões). Já os livros educativos
não são muito acessados de maneira virtual.
Um ponto
importante na hora de optar pelos livros de papel é a pouca acessibilidade aos
equipamentos, pois há classes sociais que ainda tem limitações para adquirirem aparelhos
mais modernos, tendo como alternativa as consultas e leituras destes livros
comprando (quando podem), através de doações ou consultas/empréstimos nas
bibliotecas. Também podem ser adquiridos em sebos. Estas opções são mais
viáveis do que pagar um preço alto em um eReader
ou tablet e ainda ter que pagar pelas versões digitais dos livros.
Fonte: https://ilustrado.com.br/no-mundo-digital-bibliotecas-ainda-atraem-as-criancas-e-jovens/
Os livros nos farão companhia por
longo tempo, mesmo com a tecnologia que nos cerca, pois, mesmo apresentando uma
queda no consumo, ainda dividem espaço com as publicações da internet.
É de responsabilidade do poder
público, juntamente com as universidades e as bibliotecas, manter a cultura e
cultivar a prática da leitura no Brasil.
Curiosidades
–
- A “Bíblia de Gutenberg” não foi o primeiro livro do mundo
impresso em papel. Por 78 anos antes, em 1377, foi lançado na Coréia um
documento budista intitulado "Jikji", que conta a história de sermões
de Buda e as vidas dos monges indianos e chineses e pregadores.
Jikji
Fonte:
http://www.avidabloga.com/2012/08/qual-foi-o-primeiro-livro-impresso-em.html
- No Brasil, a primeira obra escrita não foi um livro, e sim um folheto de 22 páginas datado de fevereiro de 1747 e conhecido como Relação, que contava sobre a vinda do frei Antônio de Desterro Malheyro, de Lisboa ao Brasil. Este foi escrito por Luiz Antônio Rosado da Cunha e impresso por Antônio Isidoro da Fonseca, que tinha uma tipografia. Sua iniciativa é tida como o início da história da publicação de livros no país.
Relação – Luiz Antônio Rosado
Fonte:
http://fgamorim.blogspot.com/2018/01/carioquices-em-10-de-julhode-1576-o.html
Referências
–
https://www.tecmundo.com.br/literatura/109244-entenda-tecnologia-nao-conseguiu-matar-livros-fisicos-
http://paineira.usp.br/celacc/sites/default/files/media/tcc/604-1669-1-PB.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro
http://www.avidabloga.com/2012/08/qual-foi-o-primeiro-livro-impresso-em.html
http://mundodelivros.com/epopeia-de-gilgamesh/
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/52-o-rio-de-janeiro-como-a-capital-do-reino/2483-a-imprensa-regia
http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/06lo/Primeiro_Livro_Publicado_No_Brasil
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